domingo, 5 de junho de 2011

Fala sobre... desenhos.

Um salve a uma das coisas mais importantes (pelo menos da minha) da vida. Foi graças ao desenho animado e à alienação da televisão que a parte boa que carrego dentro de mim existe. Foi ele que me manteve em casa nos finais de semana enquanto eu poderia estar cheirando tíner, cola de sapateiro ou escondendo o cachorro do vizinho e depois aparecendo com ele pra pegar a recompensa (esse último não existe, a gente só vê acontecendo em desenhos animados).

“Os desenhos são péssimos exemplos de higiene pessoal. Eles não tomam banho e, se tomam, fazem algo pior: não trocam a roupa.”

Se você sabe o nome de mais de 8 desses
daqui... então eu tenho muita pena de você.

A verdade é que, o mundo só não é melhor porque a fase da vida em que nos encontramos mais sensíveis e em desenvolvimento, passamos na frente da TV absorvendo tudo de pior, e o que é ainda pior, de coisas até que não existem.

Os desenhos são péssimos exemplos de higiene pessoal. Eles não tomam banho e, se tomam, fazem algo pior: não trocam a roupa. De onde as pessoas tiraram que os personagens de desenhos não podem trocar de roupa. Sempre usam a mesma pra ir à escola (os desenhos que vão), a uma entrevista de trabalho ou à praia.

Influenciam a violência e a imortalidade. Quem não se lembra de Tom e Jerry ou do Pernalonga e o Patolino, por exemplo? Se passassem Jogos Mortais para desenho, as crianças não veriam diferença. Ou seja, pode acertar uma paulada no seu amigo. Acenda um maçarico (acho que as crianças que leem meu blog não sabe o que é um maçarico, mas tudo bem...) em cima do seu amigo. Ele não sangra, fica queimado, mas, depois de uma sacudida, volta ao normal.

O bem sempre vence no final. Eu vou ficar calado aqui! (nem terminei de colocar negrito em tudo)

Perseguição e canibalismo. E no caso do Coiote, burrice. Com tantas opções, porque ele escolheria  logo o mais difícil de pegar, e mais, uma galinha magrela. Desenhos iguais a esses todo mundo esperava o dia do episódio final em que ele conseguiria, finalmente, comer o outro. Acho que ninguém se dava conta, mas se isso acontecesse a ficha iria cair e todos iriam gorfar em frente à TV.

E por último, mas não menos especial, rinha de animais. Toda criança (normal), pelo menos uma vez na vida, já delirou em ver uma briga de Pokémon. Todos já ajudamos a financiar maus tratos a animais. Mas relaxa, só de brinks.


Guilherme Medeiros, graças à TV,  perdeu 20% da visão por assistir com a cabeça colada à tela, começo de trombose por ficar em pé e retardo mental permanente.

@eagoraguilherme

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