quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fale sobre... viagens de ônibus.

Que fique bem claro que viajar de ônibus não foi uma opção sua. Ela deve ter sido a sua única. Tem menos segurança, menos conforto, demora mais e, diferente do avião, você não pode falar pra pessoa ao seu lado desligar o funk com a desculpa que aparelhos eletrônicos podem causar falha nos motores.

“...uma mulher com dois capetas filhos de mais ou menos 3 anos, um todo agitado e outro chorando e chutando desconhecidos; pessoas com uma tatuagem na testa escrito “#100%chato”; velhos tarados; pessoas folgadas... enfim, a lista é imensa.”




Em um belo raiar de sol, o meu dia começa com um tweet mais ou menos assim: “Parece que alguém acordou ao lado de uma gostosa! UUUUúúÚUHHHHHH1!!!” Isso seria maravilhoso se eu não estivesse dentro de um ônibus, em uma viagem que fiz a São Paulo no começo do ano. Meus fiéis seguidores, claro, olhavam minha mensagem todos perplexos e estupefatos.

Antes disso acontecer, ainda no purgatório na rodoviária, já tinha ligado meu MP3 e colocado pra tocar alguns episódios do programa pânico,da Rádio Jovem Pan, que tinha baixado comprado da internet, quando me dei conta que estava a ponto de passar por uma das experiências mais chatas que uma pessoa pode enfrentar na vida. E se tratando de viagem de ônibus, considero a pior. Descobrir quem será seu parceiro de viagem.

Falo que é importante, pois é como escolher uma profissão para a vida (nesse caso a viagem) inteira. É ele que vai ditar o ritmo de tudo, se sua vida passará rápida e feliz (e porque não até como um conto de fadas, talvez) ou lenta e dolorosa, como um supino em uma cama de prego.

É quando as pessoas começam a entrar e sua barriga a gelar. Você olha para o corredor e vê vários tipos de pessoas, entre elas: uma mulher com dois capetas filhos de mais ou menos 3 anos, um todo agitado e outro chorando e chutando desconhecidos; pessoas com uma tatuagem na testa escrito “#100%chato”; velhos tarados; pessoas folgadas... enfim, a lista é imensa. E você só fecha os olhos e pensa: ELE NÃO ELE NÃO ELE NÃO ELE NÃO, e reza para que passe direto.

As vezes vem uma pessoa ou outra que você adoraria que sentasse ao seu lado, como uma mulher gostosa ou aquele cara super popular que além de engraçado sabe fazer alguma mágica com moeda. Mas logo você cai na real e esquece que, algumas vezes na vida, você tem pecados a pagar. Mas no final de tudo o importante é não se importar muito, afinal pode acontecer de uma pessoa estar esperando sentar ao lado da pessoa que pode se tornar a pessoa que a sustente pelo resto da vida o pai ou a mãe dos seus filhos e no fim das contas ser você.

Bom seria se você pudesse dormir todo o tempo. Sem ter que descer nas paradas e comer rápido pra que o ônibus não saia e deixe você no fim do mundo. Sem que você precise usar o banheiro dos postos, ou pior, aquele pequeno laboratório de dentro do ônibus. Mas o melhor mesmo seria não ter de passar por nada disso, morto dormindo ou não. Ou ir de avião, pelo menos até o momento que eu lembrar dos pontos negativos... se é que eu preciso.

Guilherme Medeiros nunca dormiu em público, mijava na privada mais perto da porta na rodoviária pra chegar rápido ao ônibus e ainda acha que o motorista fica pelado quando se tranca pra dirigir.

@eagoraguilherme

3 comentários:

  1. A parte mais clássica pra mim (por Fabio Porchat): a pessoa ta com a passagem na mão, poltrona número 32! Ai ela vai contando baixinho: "4, 5... 6... 10, 12..." VAI PRA PORRA DO FUNDO LOGO PORRA! hahaha

    Viajar de onibus ta foda. A única vantagem acho que é essa mesmo. Ter algumas/várias histórias pra contar (:

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  2. Sério!? Nunca vi esse texto dele não!
    HAuhaauHAUHAUHAUHa É muito isso mesmo!

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  3. Poxa... Aparelhos eletrônicos causam inteferências na comunicação do Avião com o Controle Áereo, e não falhas nos motores... :p

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